Covardia é

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Covardia é bater na porta sem ter a intenção de entrar.
É ver a porta abrir e pedir pra adentrar. Entrar, conquistar cada canto da casa e não querer ficar pro jantar.
Covardia é cativar e não se sentir responsável. É não saber ser recíproco. É iniciar a caça ao tesouro, se esforçar pra encontrá-lo e depois de ter nas mãos, se desfazer das moedas de ouro.
Covardia é manter o outro à sua disposição pra sentir-se valorizado, mas desaparecer quando é requerido o contrário. É manter um relacionamento que só serve pra um ego inflado.
Covardia é fazer joguinho. Em português bem claro: é não fuder, mas também não sair de cima.
Covardia é fazer baixar a guarda, domar as suas inseguranças, libertar as emoções, se entregar e então, quando feito, forçá-lo a catar os cacos da decepção que está pra chegar.
Covardia é querer alguém por querer, não por amar.
Covardia é traduzir em palavras o sentimento que não está no coração. É preferir falar à sentir. É descobrir que dentro do peito não há amor. Não há nada.
Covardia é dedicar tempo, conhecer os pais, sair pra jantar, é se permitir planejar mas não ficar quando o avião decolar.
Mas covardia, covardia mesmo é enganar a si mesmo ao pensar está fazendo o outro de bobo, quando na verdade, bobagem é ter a sorte de encontrar o amor puro e não saber se entregar.
E o amor é território pra quem tem coragem. Não pra covardes.

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